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Origem da Tradição da Árvore de Natal em Portugal

Hoje em dia em todas as casas existe esta bonita tradição de decorar um pinheiro com bolas coloridas, faixas brilhantes e luzes a piscar. Mas sabem quem introduziu esta prática no nosso pais? Não? Este costume começou no no séc. XIX e vamos contar mais detalhes uma vez que o Natal se aproxima, de certeza que vai olhar para sua árvore de natal com outros olhos.


Árvore de Natal no Palácio da Pena
Árvore de Natal no Palácio da Pena (decorada segunda a tradição de D.FernandoII)

Fernando II trouxe, por exemplo, um costume do seu ducado, tornando-se responsável por introduzir em Portugal a tradição da árvore de Natal. Por sua iniciativa, o Natal passou a ser celebrado no Palácio das Necessidades, em Lisboa, em torno de um pinheiro trazido do Parque da Pena, em Sintra, que o monarca decorava com velas, frutos e figuras diversas. Por essa razão todos os anos a Parques de Sintra coloca uma pequena arvore de natal no Palacio á imagem da que seria feita na epoca.

Fernando II vestia-se de São Nicolau para distribuir pelos sete filhos sobrevivos do casal, os brinquedos que os pequenos príncipes encontravam em redor da árvore de Natal. Os primeiros cartões de Boas Festas feitos em Portugal também são da autoria do monarca, que os desenhava para oferecer a amigos e familiares.


Fernando II, marido da rainha D. Maria II, introduziu em Portugal, no séc. XIX, a tradição da árvore de Natal e também desenhou os primeiros cartões de Boas Festas de que há registo no País.

Até meados do século XIX, a tradição do Natal, em Portugal, tinha como centro a figura do Presépio e a celebração do nascimento do menino jesus. Na realidade nesta altura do ano acontece o chamado solstício de inverno na Europa entre o dia 21 e 23 de Dezembro, por causa da inclinação natural da Terra, no hemisfério norte é o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa. O dia 25 de dezembro foi escolhido pela igreja como forma de direcionar a tradição pagã e assim comemorar, neste dia, o nascimento de Jesus.


Em 1836, a Rainha D. Maria II casou-se com D. Fernando II, o Rei-Artista. D. Fernando, além de se dedicar à pintura e à música, foi mecenas restaurando de vários monumentos, alguns em mau estado, como o Mosteiro da Batalha, o Convento de Mafra, o Convento da Ordem de Cristo, em Tomar, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa e patrocinou os estudos de vários portugueses em outros países, assim como falava e escrevia muito bem em português, algo difícil para a maioria dos alemães.



Gravura de D. Fernando II
Gravura de D. Fernando II vestido de S. Nicolau.

Do seu casamento com D. Maria II nasceram onze filhos, dois dos quais foram mais tarde reis, D. Pedro V e D. Luís I. Quatro morreram recém-nascidos e três (entre eles o rei D. Pedro V) morreram jovens, devido à febre tifóide. D. Maria II morreu também jovem, no Palácio das Necessidades, a 15 de Novembro de 1853, em consequência de parto.

D. Fernando tinha passado a infância comemorando o Natal segundo a velha tradição germânica de decorar um pinheiro com velas, bolas e frutos. Por isso, quando começaram a nascer os seus filhos com D. Maria II, e sendo D. Fernando um pai estremoso, decidiu animar o palácio com um Natal de tradições germânicas.

Segundo registos e gravuras do próprio rei, D. Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.



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