Ninguém sabe como surgiu o rumor da existência de um tesouro por debaixo da estátua. Para uns era um pote com moedas de ouro, para outros um texto revelador de mistérios. Mas dava-se como certo que está ou esteve por debaixo da estátua do poeta Camões no largo com o seu nome, em Lisboa.
Sempre constou. Mas se estava, desapareceu quando fizeram o atual parque de estacionamento, inaugurado por João Soares, quando era presidente da Câmara.
O largo de hoje foi ocupado pelo Palácio dos Marqueses de Marialva. Durante o terramoto de 1755, o palácio ruiu e os marqueses mudaram-se para a arejada zona de Belém. Ainda pensaram na reconstrução, mas depois desinteressaram-se daquele pedaço de terra sem valor, na época. Imaginem agora.
Com o tempo, foi crescendo a ideia de transformar o local numa praça, com uma estátua do poeta maior Luís de Camões. Assim aconteceu em 9 de Outubro de 1867.
Em 1999, João Soares mandou edificar um parque de estacionamento subterrâneo, no subsolo do largo Camões. Ficaram a descoberto as fundações do Palácio dos Marqueses de Marialva e inúmeros vestígios que foram incorporados de forma visível nas novas estruturas.
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